11 de maio de 2010

Ministério acusa Alexandre Garcia de preconceito contra pessoas que vivem com HIV

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde contestou as declarações do jornalista Alexandre Garcia em sua coluna "Mais Brasília", na rádio CBN. Segundo o ministério, Garcia foi preconceituoso e desinformado ao criticar ações do governo para a gravidez de pessoas que vivem com o HIV.

“É a segunda vez que o jornalista discrimina as pessoas que vivem com HIV/Aids em suas declarações. Uma lástima e um retrocesso para o jornalismo brasileiro. A primeira vez pressupõe desinformação, a segunda é uma clara demonstração de preconceito”, afirma a nota.

Em sua coluna, Garcia afirmou que o ministério estava estimulando pessoas com HIV a engravidar e considerou tal atitude uma “maluquice”. “Eu duvido que o Ministério da Saúde vá fazer uma cesária pela terceira vez numa mulher com HIV e respingar sangue nele para ver o que vai acontecer. É uma maluquice, estão fazendo brincadeira com a saúde”, disse.

O ministério rebateu a declaração e afirmou que é um direito de qualquer cidadão ter filhos. “Com o avanço da terapia antirretroviral no Brasil, há comprovado aumento da sobrevida e melhora significativa na qualidade de vida dos soropositivos. O diagnóstico não é mais uma sentença de morte. Pelo contrário, essas pessoas hoje fazem planos, querem casar e constituir família”, diz a nota.

A nota esclarece ainda que as afirmações de Garcia não condizem com a nova realidade das pessoas infectadas pelo HIV. “Ao afirmar que a iniciativa ‘é uma maluquice’, o jornalista demonstra desconhecer os avanços científicos que reduzem a possibilidade de transmissão do HIV para o filho. O comentarista também deveria saber que o simples fato de ‘respingar sangue’ de uma mulher infectada pelo HIV, durante o parto, não é suficiente para que ocorra transmissão do vírus”, contesta.

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