29 de setembro de 2010

Caso Manuel Matos: audiência ouve os 5 acusados da execução do advogado


 

Os cinco acusados da morte de Manoel Mattos foram ouvidos nesta terça-feira, dia 28, em uma audiência na comarca de Caaporã. Esta foi a última etapa da sequencia de audiências para o julgamento da execução do advogado e militante dos direitos humanos. A data para início do julgamento ainda não foi marcada, dependerá da análise dos advogados das declarações dadas em juízo. Nos depoimentos, os acusados teriam negado a participação nos crimes ou motivos para matar Manoel Mattos, segundo Nair Ávila, mãe do advogado. Ela luta para que o caso seja analisado pela Justiça Federal, o que também não tem prazo para ser decidido.

Um dos depoentes de ontem, foi apontado por Nair como mentor da execução de Manoel, Flávio. Segundo contou a mãe de Manoel, ele disse que teria sido vítima de ameaças feitas pelo advogado. "Ele disse que brigaram em uma churrascaria e Mattos teria ameaçado, tudo mentira. Como pode isso?", exclamou. Ela enfatizou que o homem apontado como executor também tentou livrar-se das acusações.

Não só os dois, como os outros três acusados negaram negaram veementemente o envolvimento no assassinato durante a audiência de ontem. "Eu estou aqui horrorizada com as mentiras que eles contaram, passando mal", informou.

Em audiências anteriores, Nair foi perseguida quando saía da Vara de Caaporã. Por este motivo, hoje conta com proteção policial sempre que participa de sessões no tribunal.

Ela acredita que só quando o caso passar a ser competência da Justiça Federal poderá ter solução. "Há muita gente grande envolvida com isso, e só quando for federal é que a justiça será feita", ressaltou Nair. Manoel Mattos era também ex-vereador e foi morto em 24 de janeiro de 2009, em Acaú, município de Pitimbu. O motivo revelado nas investigações seriam as denúncias feitas por ele sobre atuação de grupos de extermínio nas cidades de Pedras de Fogo, na Paraíba, e Itambé, Pernambuco.

A federalização do caso está sendo analisada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) à pedido da Procuradoria Geral daRepública (PGR), que ainda não tem prazo para continuar. O julgamento foi suspenso a pedido da relatora, ministra Laurita Vaz, e continuará na Terceira Seção do STJ.

Fonte: http://www.onorte.com.br/noticia/128771.html

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