4 de outubro de 2011

Portal do Mar- XV Encontro Nacional de Advogados/as Populares discute a descriminalização e legalização do aborto em Fortaleza


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XV Encontro Nacional de Advogados/as Populares discute a descriminalização e legalização do aborto em Fortaleza

No dia 28 de setembro começou o XV Encontro Nacional de Advogados/as Populares em Fortaleza; este também é o dia Latino-Americano e Caribenho de luta pela descriminalização e legalização do aborto. Neste sentido, faz-se necessário refletir sobre os impactos de uma política criminalizadora em relação à prática do aborto clandestino na vida de milhares de mulheres, e as diversas violações de direitos sexuais e de direitos reprodutivos advindos disso.
Para contribuir na socialização desta discussão, realizou-se dentro do Encontro uma oficina sobre a descriminalização e legalização do Aborto para um público formado majoritariamente por estudantes e profissionais do Direito de diversos Estados do país, como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, São Paulo, Brasília, Paraná.
Segundo Alessandra Guerra, militante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) e da Frente Estadual contra a criminalização das mulheres e pela legalização, que facilitou a oficina, compreende-se o dia 28 de setembro como uma oportunidade de visibilizar a realidade de mulheres que sofrem cotidianamente devido a aborto mal feito, a culpa pós-aborto, e a criminalização institucional.
É imprescindível democratizar o debate, em diversas dimensões, sobre as práticas de aborto legal e o  clandestino, conforme Alessandra. Neste sentido, é preciso ocupar espaços de diálogo com diversas mulheres e homens não organizados, como a mídia, Universidade, comunidades, fazendo com que esta discussão dialogue com a realidade na vida de milhares de mulheres.
Sobre a importância da inserção da Renap neste debate, Alessandra pontua a importância de se ter advogados/as sensibilizados/as com esta temática, de forma a atuar em casos como a de proibição de aborto em casos de anencefalia, a penalização de mulheres pela prática de aborto clandestino e inseguro. Há, portanto, uma necessidade concreta de apoio deste atores jurídicos, contribuindo na incidência política junto ao sistema de justiça bem como em trabalhos numa perspectiva da educação popular.

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"A ordem universal frequentemente apresentada como irresistível é, todavia, defrontada e afrontada, na prática, por uma ordem local, que é sede de um sentimento e aponta um destino." M.S.

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